quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Texto sobre o Smba de SP - Achei Interessante divulgar




(Recebi esse texto por email, do meu Presidente (Ney) em 14/01/2009


A palavra Samba derivada do banto semba - umbigada -, gesto coreográfico quase onipresente na expressão corporal dos negros africanos desde a sua introdução forçada no Brasil, veio, a partir do século XIX, designar uma variedade enorme de bailes tradicionais, anteriormente identificados genericamente como batuques. Estes, se, por um lado, realizavam-se com pouca ou nenhuma presença de instrumentos harmônicos, sedimentavam, de outro, a rica linguagem do canto polifônico e a força percussiva dos tambores, marca que acompanha a identidade da música brasileira perante o mundo.
Não é possível, portanto, afirmar que o Samba é baiano, carioca ou de qualquer outro lugar. Ele aparece simultaneamente em vários pontos do Brasil, com variadas formas, porém, mantendo a essencialidade da música praticada pelos africanos. Assim, encontramos o Samba de norte a sul do país, não obstante o termo estar, hoje em dia, ao nível do senso comum, associado estritamente ao contexto carioca, ele mesmo, por força de sua intensa dinâmica criativa, derivado em múltiplas direções. Samba Canção, Marchas e Marchinhas, Samba de Breque, Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba Enredo, dentre outras variantes, são produtos da verve sambista fluminense.No Estado de São Paulo ocorre uma modalidade de Samba muito especial denominada, de acordo com a época e a localidade, Samba Antigo, Samba Caipira, Samba Campineiro, Samba de Pirapora, Samba de Terreiro, Samba de Umbigada, Samba Lenço, Samba Paulista, Samba Sertanejo, Batuque, ou, entre seus praticantes, simplesmente Samba. O termo Samba de Roda, mais conhecido e associado a uma modalidade praticada na Bahia, também é utilizado pelos sambistas de Pirapora do Bom Jesus para esta manifestação, que os estudiosos do assunto, por sua vez, preferem denominar Samba Rural ou Samba de Bumbo.Segundo relato de sambistas paulistanos, o Bumbo e as demais características deste Samba específico, como os Bonecões e Cabeções, desapareceram da capital a partir da oficialização do modelo carnavalesco do desfile das Escolas de Samba carioca em 1968. Esse processo havia se iniciado já no século XIX, com a importação dos bailes de máscaras e dos préstitos das Grandes Sociedades Carnavalescas inspiradas nos carnavais europeus não-ibéricos, considerados mais civilizados perante o "bárbaro jogo do entrudo", que aqui se praticava desde tempos coloniais. A importação do padrão carioca continua com a formação dos primeiros Cordões carnavalescos na década de 1910, inspirados por sua vez nos Ranchos, e continua ainda nos anos 1930, com a fundação das primeiras Escolas de Samba. No entanto, até bem pouco tempo, o Samba na cidade de São Paulo esteve intimamente vinculado ao Bumbo, hoje, praticado somente em localidades do interior do Estado como Mauá, Santana de Parnaíba, Vinhedo, Quadra e Pirapora do Bom Jesus.
Inicialmente associado aos cultos de devoção a São Benedito e a outros padroeiros, como São João, os sambistas elegeram como ponto de encontro a cidade de Pirapora, transformada em santuário desde o século XVIII com a descoberta de uma imagem do Bom Jesus às margens do rio Tietê. Os romeiros que afluíam entre os dias 3 e 6 de agosto, todos os anos, eram constituídos, em grande medida, por pessoas negras. A parte "profana” do festejo ficava a cargo do Samba que estes promoviam ao som de Caixas, Chocalhos, Pandeiros, Cuícas e outros instrumentos liderados pelo bumbão, nos barracões onde se alojavam. Havia muita disputa entre os “batalhões” das diferentes cidades, onde os bambas testavam habilidades no improviso, desafiando-se. Com o tempo, avultando-se a festa paralela dos negros, a igreja decidiu interditar os barracões e proibir o cortejo dos cordões carnavalescos que vinham de São Paulo e de outras cidades. Quem se interessa pela história do samba paulista, imediatamente é conduzido à festa do Bom Jesus, reduto onde por pelo menos 50 anos se praticou o que havia de melhor em termos de Samba no Estado, um verdadeiro festival destruído pela igreja e pelo poder público com justificativas de toda ordem, mas, sobretudo, impondo uma moral conservadora e de fundo racista. Tal fato contribuiu para a suspensão deste momento mágico de encontro entre os grupos, que nunca mais ocorreu, empobrecendo a manifestação do Samba de Bumbo como um todo.A pujança da cidade de São Paulo decorrente de sua centralidade na formação da economia cafeeira e depois industrial fez com que muitos negros migrassem das áreas rurais para a capital, trazendo na bagagem a esperança de uma oportunidade de vida melhor e, a reboque, o Samba que praticavam no interior. Até a década de 1930, realizava-se o Samba em todos os redutos negros da capital paulista como o Bexiga, Barra Funda, região do Lavapés/Liberdade, Brás, Mooca e Penha, além dos bairros do Jabaquara e da Saúde. Como foi dito, as personalidades centrais ligadas ao nascimento dos Cordões carnavalescos em São Paulo freqüentavam os barracões de Pirapora, e promoviam sambas do gênero em suas casas e vizinhanças, como Dionísio Barbosa, fundador do cordão e, posteriormente, Escola de Samba Camisa Verde; Geraldo Filme, liderança dos cordões Campos Elíseos e Paulistano da Glória; além de madrinha Eunice, fundadora da primeira Escola de Samba de São Paulo, a Lavapés (1937), e, de Dª Sinhá, do Cordão e, posteriormente, Escola de Samba Vai-Vai. Esses blocos carnavalescos desfilavam sob a cadência da Zabumba, com as mesmas marchas sambadas características do Samba de Bumbo. Os mesmos personagens também conheceram a legendária Tiririca, forma primitiva de Capoeira ou Pernada, praticada ao som do Samba, sendo os golpes desferidos em meio aos passos da dança.
Após alguns anos de aproximação do Carnaval paulista do padrão carioca de festejar Momo, assistimos a uma forte reação dos sambistas locais, que tentam construir espaços alternativos e menos comerciais para a prática da poesia e do ritmo do Samba de terreiro. Iniciativas como as do Samba da Vela, Samba da Laje, Pagode do Cafofo, Nosso Samba, Pagode da Tenda, Choro da Tia, Terreiro Grande, Samba da Tenda, Samba do Baú, dentre outros, além de uma forte ocupação de casas de espetáculo e bares com programação de qualidade elevou em muito o padrão do Samba praticado em São Paulo nesta virada do século. O surgimento de novos compositores e intérpretes reunidos neste projeto só demonstra o que acaba de ser dito.
Marcelo Manzatti

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sobre Projetos ou futuras Comunidade (Opinião Pessoal)

Um dia me perguntaram o que eu achava sobre o surgimento de vários projetos, comunidades enfim? Minha resposta foi acho excelente, porém perigoso! porque, geralmente os movimentos de samba estão em manifesto na periféria , então leva-se cultura, interterimento, lazer, arte dá-se a oportunidade de pessoas apreender mais sobre a real cultura brasileira , derepente surgi interesse de cantar, compôr aprender um instrumento, é fundamental essa interligação ; na minha visão a organização que as Escolas de Samba deveriam ter ou continuar mantendo em algumas escola , as portas aberta pra comunidade, em alguns bairros essa atitute é realizada pelos os primeiramente projetos e de acordo com o fluxo , destaque, e reconhecimento tornam-se as futuras ou hoje as Comunidades de samba , a maioria surgiu com o próposito de integração e isso vem movimentando e criando história em São Paulo.
O que me preocupa particulamente é a qualidade de como essas ações são realizadas , se o alicerce principal será mantido. Assim , como dizia , Chico Xavier: "A casa que muito cresce a paz desaparece", acredito que esse seja o maior desafio das comunidades Mantêr a qualidade musical , interagindo com a sociedade. Na minha sincera compreensão de HOJE, o alicerce pra mim é o SAMBA e quem faz o samba são os SAMBISTAS (em alguns lugares esses sambistas são excelentes músicos, ótimos compositores, bons cantores de samba, em outros são os fundamentais sambistas (sambistas de fé, de alma, da comunidade principalmente , sambsitas de coração) sendo assim, as comunidades que têm a sorte de os sambistas de coração e devoção vinculado com os sambistas bons músicos , não tem como não fluir, porque manterá a qualidade musical com a qualidade da participação e integração da comunidade. Agora o que estraga tudo é que alguns sambistas bons músicos e as vezes nem tão bons assim, não querem só a comunidade vivem criando oportunidade de se destacar fora da comunidade por mérito da comunidade e começa assim as desavenças (alguns acorda, outros se afastam), e os sambistas de coração , querem samba independente de onde ou de quem os faça. Muitas comunidades perdem colaboradores ou se cria novos projetos (futuras talvez comunidades) por causa de falta de dialogo, falta de cumplicidade,incompatibilidade de ideais , por vaidade ou falta de espaço em suas comunidades.
Não é fácil mantêr uma comunidade de verdade: Com uma boa roda de samba , formada por bons músicos e sambistas de coração, frequentada pela própria comunidade, reconhecida por outras do mesmo segmento , considerada por nomes de samba. Não é fácil !
Mas, com a liberdade de expressão e a quebra de monopolio sambistico, muitos projetos surgem do seguinte pensamento: " Você não me deixa tocar do meu jeito no seu Terreiro!?, tá bom, eu crio o meu" e assim , vamos vivendo a 3º fase histórica do samba em SP( se não me engano), segundo a Soraia (pesquisadora, compositora e sambista de alma).
Resumindo: O surgimento de projetos de samba só têm a abrilhantar e unir cada vez mais nós do mundo do samba, porém se não houver uma preocupação de qualidade musical (execução , criação e interpretação) é péssimo, por que: Bom samba sem preocupação social é um bom samba, no máximo uma reunião de sambistas e não uma comunidade, e um projeto com denominação de samba com preocupação social sem ter um bom samba; não é projeto de samba e sim um projeto social que realiza rodas de samba eventulamente.
Observação: O texto é sobre a minha opinião , qualquer semelhança ou identificação é por conta e risco individual de cada um.

Saí pra lá Sanguessuga

Uma das coisas que mais me irrita na vida e gente querendo ser o que não é, ou querendo se promover as custas dos outros. Nas minhas vivências profissionais já presenciei pessoas que fazem de tudo pra se promover, subir de cargo, cria fofoca no ambiente de trabalho ao custo de um salário à mais acabam predendo até boas amizades; mas no samba , (na minha visão) existe uma coisa que me supreende ainda, A Vaidade Aguçada, seria hiprócrita se dissesse que não fico feliz e até um pouco envaidecida quando elogiada em uma música, em uma nova canção quando recebo comprimentos, enfim.... sou humana e possuo vários dos 7 pecados, porém com extrema franqueza não consigo entender quando vejo pessoas as vezes vaidosos a tal ponto de querer se destacar nas costas do outro, acho féio parcerias de sambas que sabemos e sabe-se no meio que são "parcerias" e o pior que aquele que as vezes só deu a idéia (de um verso) do tipo: Por que vc não coloca FLÔR ao invés de AMOR, tem a coragem pra divulgar parcerias por aí a fora , pior ainda são aqueles que no caso meu e de vários compositores que não tocam instrumentos harmonicos, agente canta o samba prontinho , prontinho (letra e melodia) e só por causa de um acorde ou porque descobriu o Tom, pedem parcerias e ainda divulgam : "o samba que fiz... com fulano".
Tem um monte desses aí, e o hoje esses se uni com outros desses e levam a estória adiante , e crescem e se manifetam em forma de plágios, discursos ensaiados , alguns até se caracterizam para o espetáculo, impressionam pela a parência e se perdem no conteúdo.
Hoje é muito fácil dizer ser sambista alguns arriscam em estufar o peito e dizem ser compositores, compra-se 1/2 dúzia de CDs de velha guarda, baixa uns artigos na internet, anda-se de branco , sapato 2 cores e pronto, sou SAMBISTA, mas e a alma de sambista a pulsação de sambista e o suor de sambista??? E o poder da inspiração, que vem do nada, a emoção de ver uma obra pronta , isso não têm preço...
Confesso por falta de paciência ou desleixo sou super desligada da história do samba em si, como nomes de compositores, datas; mas ninguém me vê por aí fazendo apologia ao SAMBA RAÍZ , pra mim samba é samba e pronto não existe esterióticos de samba assim ou assado, o que existe é samba bom e samba ruim (na minha opnião), quem sou eu pra críticar os maravilhos Partido Alto gravados na geração dos anos 80, por Zeca, Jovelina, Almir, Só Preto, Alguns grupos de SP, no entanto você vê uma par de "números recem chegados" expondo uma opinião copiada e ainda quem vêm de antes têm pisar miúdinho, ou já ser bem conhecido pra não ficar "Tirado" é muita regra, pra algo que é livre,que é do povo ,que é popular.
Desejo apenas as pessoas que graças á Deus vêem se interessando pela nossa cultura, apenas cuidado com as armadilhas que existem, siga apenas o coração , não o visual.

FELIZ ANO NOVO

Olá pessoas, feliz ano novo a todos, hoje estou voltando as atividades, e essa semana começa tudo novamente graças á Deus, dia 15/01 Herança de Ciata e dia 18/01. Para esse ano , depois de meditação e pensamentos dos mais variados, antecipo aos que já me conhecem que minha autênticidade esta a 1000 chega de charm. E para quem não me conhece é uma oportunidade de saber e conhecer os meus pensamentos minha opiniões minhas auto-critica enfim, o que penso ou algumas coisa que penso a respeito de assuntos variados. Esse espaço é meu auto-retratato, meu diário, e nada pessoal com ninguém , como diria Marisa Monte, só não se queixe o entrar nomeu universo particular"....

Saúde, muita Sorte e Samba.

Zanza Simião